Com o intuito de impedir que as águas de rios e
ribeirões de Londrina fiquem poluídas com o despejo de resíduos alimentares, a
Sanepar vai reforçar a exigência do instalação e da manutenção de caixas de
gorduras em imóveis residenciais e comerciais. O uso do equipamento é previsto
pelo município e atende a uma recomendação do Ministério Público (MP) de
Londrina.
A gerente regional da Sanepar em Londrina, Mara
Lúcia Kalinowski, explicou nesta segunda-feira (18) que com a chegada do tempo
frio, os detritos gordurosos despejados ficam endurecidos nos encanamentos e
galerias pluviais. Segundo ela, isso pode gerar entupimento e refluxo do esgoto
nas residências e nas ruas da cidade, que neste caso, a situação piora nos dias
de chuva.
Além disso, todo o material que é despejado de
forma inadequada percorre as galerias pluviais e atinge as águas da cidade.
"O tratramento da Sanepar não é químico e, por isso, algumas substâncias
que não são biodegradáveis vão continuar a poluir a água", explicou.
Mara Lúcia disse que o equipamento pode ser
encontrado nas lojas especializadas e sua manutenção deve ser feita de 3 a 6
meses, dependendo da utilização. "Deve-se adotar o mesmo critério do
reservatório de água domiliciliar, de no máximo seis meses", apontou.
Os restaurantes e lanchonetes são os principais
pontos onde o problema de manutenção e falta de uso ocorrem. "Houve uma
mudança de ocupação muito grande em Londrina. As casas antigas viraram
lanchonetes ou até mesmo foram destruídas e viraram esses pequenos shoppings.
Os estabelecimentos de alimentos são os que produzem mais esse tipo de
esgoto", comentou.
De acordo com ela, não é papel da Sanepar multar ou
notificar os imóveis. "Isso quem faz é o próprio município, atraves da
Vigiância Sanitária. Nós vamos cobrar e orientar as pessoas", ressaltou. A
gerente regional da empresa disse que quem tiver dúvidas sobre a utilização e
como fazer a manutenção do equipamento poderá ligar para o telefone 115.
Juliana
Leite ( odiario.com)