SÃO PAULO - O Brasil precisa investir R$ 15 bilhões por ano em saneamento básico para atingir a meta de universalização até 2025. É o que aponta uma análise realizada pelo Instituto Trata Brasil, com base em uma pesquisa realizada pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Entre 2003 e 2008, o setor recebeu R$ 10,4 bilhões em aportes e atualmente atende 43,2% da população em coleta de esgoto e 81,2% em abastecimento de água. "Hoje os investimentos estão na metade do valor necessário, há que acelerar os investimentos", diz André Castro, presidente da Trata Brasil, organização da sociedade civil de interesse público (Oscip) apoiada por empresas de saneamento privadas e estaduais.
Segundo ele, a capital paulista, pelo volume de aportes e de rendimento do setor de saneamento, tem capacidade para atingir a universalização até a Copa do Mundo. No ranking de cobertura e serviços de saneamento no País de 81 municípios com mais de 300 mil habitantes, em 2008, Brasília é a capital mais bem colocada, na 9ª posição, com 99,5% de acesso a água, 91,8% de acesso a esgoto e 100% de esgoto tratado.